22/04/2014

[...de tempo em tempo...]





"...o tempo, que é responsável pelas incógnitas de nossos pensamentos, senhor de todas as nossas pressas e preces, será que nos observa ou apenas semeia vento? Uma rua ali, uma poeira aqui, aquela história que sai de um canto e vem pra outro, a confusão numa tempestade de areia, que vem mesmo só na intenção de cegar-nos por uns instantes e ao abrir novamente os olhos, a história é outra? Ou apenas nascem novos afazeres, personagens, situações e sacanagens? Pessoa enquanto tempo, quanto ocupa de seu pensamento? Já se questionou? As vezes eterno, as vezes tormento, confuso, chato, redundante e no fim apaixonante, é nato o objeto que nasce e quer ser pessoa, que vinga, que medra (plagiando musicas), um mero rebento, que desponta se espanta, sem mesmo saber pra onde ou como vai, pega palavras soltas, estampa em papel, tecidos, paredes e sai, quando não se escreve, fala, quando não fala pensa alto, agindo no meio daquilo que não tem mais pudor e na verdade já acredita mesmo que nem sinta mais dor, é tempo, é pedaço de chão, cheiro de terra, olhar profundo, castanho, castanha, é o mastigar das línguas, pronome sem nome, poesia em pedaço de heresia, humano quando deveria ser desumano, sorriso quando deveria ser silencio, labirinto quando gostaria de se achar e nada, quando deveria apenas avançar..."

> ando ouvindo: barulhinhos bons
>> ando vendo: the following (seg. temporada)
>>> ando lendo: frida (a biografia) - hayden herrera

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